O tema da redação do Enem de 2023, “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, não poderia ser mais atual e necessário.
Em outubro estivemos presentes no evento Empreendedorismo de Impacto: Um Encontro com o Professor Yunus, a convite da Yunus Negócios Sociais, que, como o nome já diz, contou com a presença do ganhador do Nobel da Paz de 2006, Muhammad Yunus.
Referência em Negócios Sociais, modelo com o qual a PrograMaria se identifica, Yunus fundou o Banco Grameen e foi pioneiro no microcrédito. As pessoas escolhidas para participar do programa eram sempre mulheres, pois em Bangladesh elas tinham menos oportunidades, apesar de muitas vezes terem sido responsáveis pela sobrevivência de suas famílias. A escolha de trabalhar principalmente com mulheres foi muito acertada já que elas se mostraram muito confiáveis, com uma taxa de pagamento do investimento extremamente elevada.
“Elas [instituições financeiras] fazem de uma forma tão estranha. Elas emprestam dinheiro para quem já tem muito dinheiro, quanto mais você tem, mais crédito você tem para receber mais dinheiro. E elas não te não dinheiro se você não tiver dinheiro. Isso não faz sentido.” Muhammad Yunus.
Também no mês de outubro, a professora de Harvard, Claudia Goldin, foi a terceira mulher a receber um Nobel de economia. Goldin apresentou o primeiro estudo abrangente sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho ao longo dos séculos. A sua pesquisa revela as causas de mudanças positivas, como a invenção das pílulas anticoncepcionais, bem como as principais fontes de disparidades de gênero, como a migração de uma sociedade agrária para a industrial.
Duas grandes referências, de continentes e países tão distintos, com premiações com mais de 15 anos entre elas, ambos lidam com um desafio semelhante: diminuir desigualdades, com um recorte muito especial para a desigualdade de gêneros.
Ver que estamos do mesmo lado de ganhadores do Nobel apenas reforça a nossa crença de que estamos no caminho certo. Escolhemos a tecnologia como meio para contribuir com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 (ODS 5) e vale lembrar, inclusive, que 2030 está logo ali. Temos ainda muito o que fazer e temos pressa. Sabemos que não estamos sozinhas e queremos, cada vez mais, contribuir com outras potências para acelerar esse processo. Vamos juntes, aumentar a diversidade na tecnologia e diminuir desigualdades no mundo?
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