Se você está dando os primeiros passos no mundo da tecnologia, é bem possível que já tenha se questionado sobre os termos “engenheira” e “desenvolvedora”.
Por outro lado, se já está há mais tempo no mercado de desenvolvimento de software, as diferentes formas de se referir aos cargos por aqui já são algo comum para você.
O fato é que quando surge um novo título, já entendemos que é reflexo de transformações em curso no mercado de tecnologia. E, claro, a vontade de atualizar o LinkedIn não demora a aparecer, não é mesmo?
Se esses nomes são novos para você ou se simplesmente quer entender um pouco mais sobre essas duas definições, eu vou te ajudar!
Origem e evolução dos termos
Conhecemos a engenharia como definição para construção civil e máquinas. Mas com a revolução digital e a necessidade de aplicar o engenhar (os princípios de engenharia) também dentro do desenvolvimento de programas, a comunidade adotou o título de Pessoa Engenheira de Software.
Grandes empresas como Google, Microsoft e IBM ajudaram a popularizar o termo, ao “exportarem” para o mercado a forma como designavam as pessoas dos times de tecnologia: Engenheiras de Software: profissionais capazes de projetar e implementar sistemas complexos e garantir a qualidade do software em um ambiente empresarial cada vez mais exigente.
Mas e uma pessoa desenvolvedora também não faz isso?
Engenheira e Desenvolvedora: qual a diferença?
É importante ressaltar que a distinção entre engenheira de software e desenvolvedora não é necessariamente uma escolha binária. Ambas estão dentro do espectro da engenharia de software.
Mas observamos uma certa tendência no uso da terminologia Engenheira de Software como um título mais adequado para uma pessoa desenvolvedora com mais autonomia e protagonismo durante o ciclo de vida dos projetos de software.
Geralmente, uma engenheira de software está mais envolvida nas etapas de planejamento e concepção dos projetos, bem próxima aos times de Produto, pensando em estratégias, qualidade, arquitetura, custos — de computação em nuvem, por exemplo.
Ela participa também da codificação e deve ter habilidades técnicas sólidas, mas liderar e atuar em projetos de grande escala, lidando com desafios técnicos e organizacionais mais complexos. Essas são suas principais características.
Já uma desenvolvedora de software também atua nesses pontos, mas costuma focar mais na parte prática, na codificação e na implementação.
É importante ressaltar que esses papéis podem se sobrepor e variar dependendo da empresa e do contexto do projeto.
Conclusão
Em um mercado em constante evolução como o nosso, é natural nos depararmos com diferentes designações. Mas se você está no início de carreira, procure conhecer, sim, mas não se apegue ao título. Seja em um cargo de engenheira de software, seja como desenvolvedora, o fundamental é estar sempre disposta a aprender, construir uma base técnica sólida e se adaptar às mudanças do mercado.
Lembre-se: independentemente da sua senioridade, fique de olho nas habilidades comportamentais e foque no impacto que você pode causar por meio do seu trabalho. Valorize e treine sua capacidade de comunicação, colaboração e liderança.
Artigo escrito por Daiane Galvão, da Comunidade PrograMaria.
Referências