Encarar uma transição de carreira é como nadar em águas abertas: um desafio cheio de imprevisibilidades e incertezas. Quando decidi deixar tudo para trás e me dedicar integralmente aos estudos em programação, eu sabia que, assim como nas provas de natação em rio, não teria pontos de referência claros ou um caminho visível.
O que eu tinha eram minhas habilidades de nadadora e a determinação de persistir, mesmo quando a correnteza estivesse contra mim. Que tal saber como superei esses desafios? Vem!
Nadar em uma piscina e encarar um rio: lições de paciência e adaptação
Você já sentiu a diferença entre nadar em uma piscina e encarar um rio? Na piscina, tudo é controlado; as bordas estão ali para te dar segurança. Mas, no rio, você enfrenta as forças da natureza: correntezas, marolas e uma água muito gelada (às 5h da manhã)! Essa sensação de estar à mercê do ambiente é muito parecida com a experiência de quem está aprendendo a programar. Em algumas etapas, os conceitos parecem tão vastos e difíceis quanto as fortes correntezas que você precisa atravessar.
E vamos ser sinceros: a paciência é uma virtude difícil – mas essencial. Na natação em águas abertas, é preciso entender que o avanço pode ser lento. Às vezes, a correnteza nos puxa para trás e parece que não saímos do lugar.
Na minha transição de carreira, essa lição foi fundamental. Aprendi a lidar com a frustração e a aceitar que nem tudo seria compreendido de imediato. Quando a correnteza está forte, não adianta lutar contra — o segredo é se adaptar, parar, revisar e depois seguir em frente com mais força.
Foco, autonomia e resiliência: aprendizados das águas para a vida
Outro ponto crucial é o foco! Para mim, isso significou dizer não aos convites dos amigues para sair à noite, especialmente próximo das competições. Eu tinha que acordar cedo para treinar às 5h da manhã, enfrentar treinos pesados e garantir que meu corpo estivesse pronto para dar o meu melhor.
Essa disciplina me ensinou a priorizar meus objetivos e a manter a cabeça erguida, mesmo quando as distrações apareciam. Na programação, essa mesma determinação é crucial, tanto para manter a disciplina nos estudos quanto para seguir no seu roadmap, já que cada nova linguagem ou tecnologia é como uma onda que pode nos desviar do caminho.
Mas, como na natação, aprendi a me concentrar em um desafio de cada vez, mantendo o foco na linha de chegada.
Outro aprendizado importante foi a autossuficiência. Nadar em águas abertas significa que, em muitos momentos, você é a única responsável pela sua jornada. Não tem um treinador ao lado, e isso é libertador, mas também pode ser intimidador. Na minha transição para a programação, essa autonomia se tornou uma das minhas maiores aliadas. Aprendi a confiar em minhas decisões, a buscar soluções e a explorar novos métodos de aprendizado.
E não podemos esquecer da resiliência. Assim como na natação, a vida de quem está mudando de carreira não é sempre calma. Já enfrentei muitos “nãos” de recrutadores, além de momentos de cansaço e dúvida. Mas a resiliência que desenvolvi nas águas me ensinou a seguir em frente. Mesmo sem ver a chegada, continuei estudando e aprimorando, sabendo que cada esforço me aproximava mais do meu objetivo.
Conclusão
Então, para você que está nessa busca, lembre-se: essa jornada pode ser imprevisível e desafiadora, mas cada braçada te leva mais perto da linha de chegada.
Não importa se a maré está contra ou se o horizonte parece distante, o importante é seguir nadando, confiando no seu esforço e nas suas habilidades.
Com dedicação, planejamento, foco e paixão, podemos alcançar qualquer objetivo. Então, que tal dar o próximo passo?
Comente aqui suas experiências, compartilhe este texto com quem está passando por uma transição de carreira. Vamos juntes nessa travessia!
Artigo escrito por Pietra Almeida, da Comunidade Programaria.