Nas vésperas do dia 8 de março, homens e mulheres de todo o mundo estão lançando uma chamada para a ação, convidando os governos a publicarem a cada ano um ranking oficial de diversidade de gênero no ensino superior nas áreas de ciências e tecnologia.

 

Nesta tribuna, lançada por iniciativa de Claudine Schmuck, autora do Gender Scan, temos mais de 200 personalidades comprometidas (líderes de associações, fundações, instituições, cursos e empresas), incluindo a PrograMaria. Nosso objetivo é alertar sobre a falta de progresso na diversidade de gênero na tecnologia, mesmo com os exemplos de Katalin Kariko, Laurence Devillers, Esperanza Martínez Romero, Ritu Karidhal e Catherine Ngila que demonstram como a contribuição das mulheres é decisiva.

Em nível  mundial, as mulheres representam 34% do total de pessoas diplomadas em formações científicas e tecnológicas, e apenas 28% do total de profissionais na ciência, tecnologia e engenharia (1). Estereótipos e sexismo são ainda freios e obstáculos a serem superados. 

Esta chamada à ação convida os governos a publicar oficialmente um ranking anual das formações científicas e tecnológicas de acordo com a porcentagem de mulheres estudantes e graduadas. Esta medida, simples de ser aplicada, permitirá avaliar a capacidade da formação universitária em ciências e tecnologia para atrair e formar mulheres, cujas áreas de pesquisa e as empresas necessitam. Isso permitirá, a cada ano, analisar o impacto das medidas corretivas implantadas.

Implantar indicadores para agir e mudar a situação, essa é a razão de ser do Gender Scan: Cada edição permite medir o progresso e os novos passos a serem dados. Entre as realizações está um aumento de 20% na proporção de mulheres empregadas em grandes empresas STEM satisfeitas com uma melhor organização do trabalho e apoio à parentalidade na Europa (2). “Co-construída” em parceria com coletivos de estudantes, empreendedores de pequenas e médias empresas (PME), autônomas/os e funcionárias/os, a pesquisa fica online de março a julho de 2021. O objetivo é apontar as conquistas e identificar meios para agir com cada um desses públicos. Os resultados e análises serão publicados no final de 2021.

A chamada para a ação pode ser consultada em https://www.genderscan.org/ e está aberta para assinaturas de organizações e associações que queiram se envolver na mudança dessa situação.

 Participe você também da pesquisa, e compartilhe nas suas redes!

Clique aqui se você é estudante universitária/o/e: http://bit.ly/gscanstudent 

Clique aqui se você é empreendedor/a ou freelance: http://bit.ly/gscanenterprise

Clique aqui se você é funcionária/o/e de empresa/organização ou público geral: http://bit.ly/gscanglobal

Lembre-se: no início da pesquisa, marque a PrograMaria na pergunta: “Você está respondendo a este questionário por sugestão de um parceiro do Gender Scan?” 🙂 Assim teremos acesso aos resultados para compartilhar na nossa rede!

 

Apresentação do Gender ScanTM : criado em 2008 e publicado a cada dois anos desde 2017, Gender Scan é um estudo mundial de referência sobre diversidade de gênero na tecnologia. O estudo é baseado na análise de dados estatísticos internacionais da UNESCO e da Organização Mundial do Trabalho e dos resultados declarativos dos respondentes da pesquisa. Em 2019, a pesquisa foi realizada online em 130 países com 15.000 pessoas entrevistadas do sexo masculino e feminino, com mais de 18 anos.


Notas:
(1) Primeiros dados consolidados Gender Scan 2021.
(2) Dados Gender Scan 2019.