Na PrograMaria gostamos de celebrar as conquistas. É um exercício rotineiro que fazemos, que nos ajuda a manter a esperança de que é possível, sim, alcançarmos uma tecnologia mais diversa.
Um fato recente que incentiva um mercado de trabalho mais justo, foi a Lei 14.611, também conhecida como a Lei da Igualdade Salarial, que foi sancionada no começo de julho e dispõe sobre a igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens. Precisarmos de uma Lei como essa é uma outra discussão. No futuro, torcemos para que essa seja uma prática comum.
Além disso, no mês de junho, o Fórum Mundial Econômico divulgou o “Global Gender Gap Report 2023”. Entre os dados apresentados, é possível notar que o Brasil evoluiu bastante desde o último levantamento, alcançando a sua melhor marca desde 2006 e atingindo 36,7% de mulheres em ministérios, a maior porcentagem em sua história.
Isso significa que não precisamos mais nos preocupar com a diversidade e inclusão?
Longe disso. Esse mesmo relatório nos apresenta dados como:
- O Brasil se encontra na posição 57 de 146 no ranking de desigualdade. Quando comparado apenas com os países da América Latina e Caribe, nosso país se encontra na 14ª posição entre 21 países, ficando atrás de países como Argentina e Costa Rica.
- Em relação à Oportunidade e Participação Econômica, nossa posição global piora, ficando em 83º.
- Na área de tecnologia em específico, os números reforçam o quanto ainda temos que trabalhar para aumentar a diversidade. Ao analisar as áreas de estudos, nas graduações relacionadas à Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, do inglês, STEM, as mulheres representam apenas 36,64% dos estudantes no Brasil.
O relatório apresenta, ainda, dados que indicam que, se continuarmos com a mesma taxa de equiparação entre mulheres e homens, globalmente, vamos demorar 131 anos para atingir a igualdade. Sendo que em março deste ano, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que serão necessários 300 anos para alcançar a igualdade entre homens e mulheres. Uma grande diferença entre ambas as projeções, as duas são preocupantes e demonstram como ainda estamos longe de um mundo igualitário.
Impulso para os próximos passos
Da mesma forma que as conquistas nos permitem termos esperança, ver dados como esses nos impulsionam para continuarmos o nosso trabalho. Entendemos que existem muitos passos, ainda, para avançar na pauta da diversidade na tecnologia, mas sabemos que não estamos sozinhas nesse desafio. Então convidamos você a contribuir com essa causa. Marque aqui as empresas que você adoraria ver como parceira da PrograMaria!
Vamos juntes aumentar a diversidade no Brasil?
Referência
Você acessa o relatório do Fórum Econômico Mundial aqui:
https://www.weforum.org/reports/global-gender-gap-report-2023