O futuro está sendo escrito em linhas de código. Porém, entre JavaScript, Python, Java e tantas outras linguagens, hoje nosso destaque vai para o português. Mais específico, para mulheres autoras de língua portuguesa.
Conceição Evaristo, Djaimilia Pereira de Almeida, Julia Lopes de Almeida, Lygia Fagundes Telles, Narcisa Amália, Nísia Floresta, Paulina Chiziane, Rachel de Queiroz e Sophia de Mello Breyner Andresen.
Essas são as mulheres que irão compor, pela primeira vez na história, a lista de leitura obrigatória da FUVEST composta apenas por autoras e que vale para o vestibular de 2026. “Muitas delas foram alvo de décadas de invisibilidade pelo fato de serem mulheres”, ressalta Maria Arminda do Nascimento Arruda, presidente do Conselho Curador da FUVEST e Vice-Reitora da USP.
A FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular) é responsável por uma das principais portas de entrada para a USP (Universidade de São Paulo), que forma profissionais de diversas áreas, inclusive em tecnologia, com cursos como Ciência e Engenharia da Computação. Saber que futures pessoas tecnologistas formadas por essa instituição de ensino terão contato com vozes feministas importantes nos causa esperança de ter profissionais com bagagens ainda mais completas.
O Curso Eu ProgrAmo Front-End | Meu primeiro site responsivo, realizado pela PrograMaria, com a maravilhosa instrutora Aline Bezzoco, inclusive, homenageia Conceição Evaristo ao longo da construção do projeto do curso. Mostrando, mais uma vez, que literatura e programação tem tudo a ver e são ferramentas importantes na construção de uma sociedade mais diversa, inclusiva e justa.
Código do projeto desenvolvido ao longo do curso.
A PrograMaria escolheu a tecnologia como meio de contribuir para a Igualdade de Gênero. Porém, essa não é a única forma. Ver mulheres e pessoas de outros gêneros minorizados ocupando seus espaços e podendo ser referência para futuras gerações é incrível.
E você, qual foi a última escritora que você leu?
Texto por Raissa Ogashawara Revisão por Iana Chan